Violência Obstétrica: Descubra o que é e se já sofreu!
Hellen Xavier
Manso é mãe do Estêvão de 4 anos, esposa, arquiteta e autora do blog Integralmente,
mãe. Neste espaço
ela compartilha seus conhecimentos sobre violência obstétricas e parto. Vamos
acompanhar?
Violência
obstétrica, o que é?
Você
sabe o que o termo “violência obstétrica” significa? Buscando meios e me
informando bastante para conseguir ter um parto natural e humanizado, me deparei com este termo. E a
partir dele vários outros surgiram. Logo notei que a violência obstétrica é
real e existem muitas interpretações para ela.
A
violência pode ser física, verbal ou psicológica. Acontecem durante o pré-natal
ou durante o parto. Não necessariamente virá do médico obstetra. Mas uma recusa
no atendimento, xingamentos, procedimentos desnecessários por parte da equipe
médica também são considerados como atos violentos.
Em
partos normais
Em
partos normais (não humanizados) em que a parturiente fica na posição de
barriga para cima, é de praxe ocorrer muitos atos ilícitos e considerados como
violência obstétrica pela ONG. São eles, realizar episiotomia sem necessidade
(a parturiente muitas vezes só descobre se esse procedimento foi feito após
realiza-lo), subir em cima do abdômen (antigamente isso era comum, afim de
“facilitar” a saída do bebê), xingamentos gratuitos e ainda a presença de um acompanhante
que é negada.
Em
partos cesáreos
Nos
dias de hoje, muitas mulheres estão se informando como o parto normal deve ser,
para enquadrar-se como humanizado e respeitoso. E assim, dia após dia a
realidade descrita acima está se modificando. Todavia, a violência obstétrica
também está presente em situações de partos cesáreos. Mas precisamente quando ela é
eletiva.
Ainda
existem muitas mulheres que desejam um parto respeitoso e normal, mas acabam
sendo “convencidas” pelos seus médicos obstetras a realizarem a cesárea
eletiva. E são “convencidas” por motivos fúteis como, tamanho do bebê ou
circular de cordão. Não que isso inviabilize um parto normal em sua totalidade,
mas atualmente, tudo deve ser questionado, verificado.
Como
Prevenir
Todo
comportamento humano que for diferente do ideal, for violento, não respeitoso,
pode ser considerado violência obstétrica. Na verdade, o termo “parto
humanizado” ou ainda “atendimento humanizado”, veio apenas para enfatizar o que
deveria ser natural. Afinal devemos tratar todos bem,
cordialmente, de forma humanizada.
As
vontades e necessidades das parturientes quando atendidas são um sinal de que o
atendimento está sendo humanizado, respeitoso, e não violento. E afim de
prevenir a violência obstétrica, muitas mulheres realizam o plano de parto.
O
plano de parto serve para definir com antecedência junto com o médico obstetra
as preferências da parturiente. Nele são documentadas informações como se a
parturiente quer ou não anestesia, se prefere caminhar durante o período de
dilatação e ainda pode permitir a parturiente escolher no momento do parto a
melhor posição para parir (caso seja natural).
Antes
de qualquer decisão concreta é necessário ter flexibilidade para todos
questionamentos possíveis, até que a parturiente se sinta confiante e
tranquila. Eu mudei de parto com 33° semanas de gestação justamente por que
desejei um parto natural, e precisava ter a segurança e confiança da minha
equipe médica (você e seu médico tem de se concordarem).
Você
teve uma experiência assim? Conte-nos! Vamos conversar!
Um prazer imenso escrever neste espaço tão querido! E ainda mais sobre um tema tão relevante para as futuras mamães!
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Hellen, integralmente, mãe
Não sabia que existia esse tipo de violência, vou pesquisar mais sobre o assunto. Parabéns pelo post.
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